Sabemos que o uso de telas para crianças é prejudicial e várias formas: atraso na formação da linguagem e fala, piora na construção de rotina de sono, construção de comportamentos impulsivos, exposição a abusadores, conteúdos impróprios para crianças, entre outros.
Mas como as telas afetam a visão propriamente?
Quando usamos as telas (principalmente celular e tablet) próximas ao rosto, como é o caso das crianças, acontece um excesso de esforço na musculatura dos olhos e no mecanismo de foco de perto (acomodação). Esse excesso de esforço gera um estímulo que faz o olho crescer em tamanho e com essa alteração surge a miopia (dificuldade de enxergar para longe) e outros problemas visuais.
Assim, com o excesso de exposição a telas temos enfrentado uma ”epidemia de miopia” nas crianças, quadro que se agravou durante a pandemia do Coronavírus.
Por isso recomendamos tanto o equilíbrio entre as atividades dentro e fora de casa e incentivamos ao máximo atividades ao ar livre.
A Sociedade Brasileira de Pediatria possui um manual que guia o uso de telas em crianças e adolescentes e segue aqui um resumo doas recomendações:
Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir;
Evitar a exposição de crianças menores de 2 anos às telas, sem necessidade (nem passivamente!)
Crianças com idades entre 2 e 5 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1 hora/dia, sempre com supervisão de pais/cuidadores/ responsáveis.
Crianças com idades entre 6 e 10 anos, limitar o tempo de telas ao máximo de 1-2 horas/dia, sempre com supervisão de pais/responsáveis.
Adolescentes com idades entre 11 e 18 anos, limitar o tempo de telas e jogos de videogames a 2-3 horas/dia, e nunca deixar “virar a noite”
Não é fácil controlar o uso das telas, mas deve ser um trabalho diário dos pais e cuidadores para garantir um desenvolvimento saudável da visão da criança.
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